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SERÁ DESTA?

Tendo vontade de participar no debate que vem decorrendo no esquerda.net, mas não querendo repisar boa parte da argumentação já exposta em muitos dos contributos publicados e julgando que vai sendo tempo de dar mais peso às questões viradas para a intervenção próxima do BE, aproveito uns comentários que escrevi sobre o Plano de Trabalho recentemente elaborado pela Coordenadora Nacional do Trabalho para os enviar como participação no debate em curso. Penso que não ficarei à margem desse debate pois algumas críticas e sugestões que faço dizem respeito a insuficiências da actividade e direcção do BE que são, directa ou indirectamente, parte das causas da derrota eleitoral, das nossas dificuldades de ligação e influência nos trabalhadores.

No inicio destes comentários, para evitar “confusões “, dado que as questões que levanto são bastante críticas do documento apresentado, e não só, começo por me identificar como apoiante da Moção A, larga vencedora da 7ª Convenção e, salvo melhor opinião, como favorável a que a maioria de aderentes que lhe dá corpo, também à semelhança do que desde sempre e de pleno direito, fazem os apoiantes das restantes moções, se encontre e troque opiniões sobre o actual debate e as correcções a fazer ao rumo estratégico e táctico que o BE tem seguido e deve manter. Continuar a ler

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Texto de intervenção acerca da análise dos resultados eleitorais do Bloco de Esquerda em 5 de Junho de 2011

Em primeiro lugar quero felicitar a deputada Cecília Honório pela sua eleição pelo Círculo do Algarve.

A nível nacional, é um facto que o Bloco obteve uma derrota, pois vê reduzida para metade a sua representação parlamentar em dois anos, como um partido de oposição, e por isso pouco exposto politicamente. No entanto a nível regional, apesar de termos mantido a eleição de um deputado convém não esquecer dois factos: 1) a alteração do número de deputados a eleger pelo Algarve, passando de 8 para 9; 2) a perda de 14.600 votos.

Em termos de campanha eleitoral a nível nacional e regional, permitam-me discordar de que esta foi um sucesso, pois o sucesso só pode ser aferido mediante a comparação com algo a que nos propomos. Neste caso penso que deveríamos ter feito uma campanha para a consolidação ou aumento da nossa representação parlamentar, tendo surgido como resultado a diminuição da nossa representação parlamentar. Esta é a minha explicação para a campanha não ter sido um sucesso.

Mais grave, na minha opinião, que mesmo tendo sido criada uma comissão de campanha distrital, o que acho muito importante que volte a acontecer, a mesma andou por vezes descoordenada, não tendo sido as acções previstas atempadamente divulgada pelos aderentes, bem como, algumas acções foram alteradas unilateralmente por alguns membros dessa comissão, e também o facto de alguns membros dessa comissão questionarem o facto de algumas acções serem iniciativas individuais, facto que aliás causou uma tomada de posição pública de um desses elementos e de um outro que através de várias conversas informais me informou o mesmo.

De seguida irei apontar quais os caminhos que o Bloco deve tomar a nível nacional e no Algarve para que possamos já nas autárquicas de 2013 inverter a tendência de queda.

A situação política na altura da última convenção, e consequente estratégia política a adoptar no momento pelo movimento, era de um PS a governar com políticas de direita, sendo que no entanto a esquerda detinha maioria parlamentar. Com as eleições de 5 de Junho, o panorama político alterou-se, passando agora a direita PSD/CDS a fazer cumprir (permitam-me discordar hoje da aplicação do termo governar) o plano definido pela Troika com a colaboração do PS, motivada pelo convite à entrada do FMI, debilitando assim toda a esquerda, logo a estratégia política do BE deve ser redefinida, facto que por si só, na minha opinião, seria necessária uma convenção extraordinária.

O Bloco neste momento a nível nacional deve, a meu ver, aproximar-se efectivamente e não apenas moralmente, dos jovens e na criação e apresentação de propostas coerentes e exequíveis nas áreas do emprego e sociais, e mais importante de tudo que as pessoas as entendam, como benéficas para elas. Deve ainda apoiar publicamente a iniciativa dos pequenos e médios empresários, bem como apresentar iniciativas concretas de estímulo à criação de PME.

Deve ainda, e veja-se o caso de aparente sucesso inicial do PCP, com Paulo Sá a efectuar várias diligências pelos vários sectores no Algarve, sugerindo que a emanação por parte das estruturas locais dos candidatos aos órgãos de decisão superior, quer sejam eles no parlamento, quer mesmo dentro do próprio movimento, pode tornar-se bastante útil evitando que os nossos eleitos andem a reboque da agenda da comunicação social.

A nível do Algarve, os mesmos problemas são repetidos, pelo que, considero que a actual coordenadora distrital deve repensar e reformular o modo como ela está a funcionar e a realizar trabalho político pelo Algarve. Considero ainda que esta coordenadora distrital não apresenta nem representa politicamente nas melhores condições o Bloco de Esquerda no Algarve, quer ao nível dos aderentes, quer ao nível da população.

Penso que as coordenadoras distritais entre outras tarefas devem entre outros, por exemplo apoiar de um modo mais regular e próximo o desempenho dos eleitos locais, incentivando-os à participação em vários encontros ao longo do ano de modo a que a acção do Bloco do Algarve seja com concertada e conjunta em todos os locais onde existam eleitos.

Em termos de trabalho regional penso que deverá apoiar-se a criação de movimentos associativos estudantis mais activos, através da realização de sessões de esclarecimento acerca do modo de funcionamento, direitos e deveres dos jovens e particularmente os estudantes, entre os quais por exemplo; o direito à greve não estar consagrado no estatuto do aluno dos ensinos básicos e secundários como uma falta justificada.

Um outro aspecto de extrema importância é a de apoiar e explicar aos trabalhadores na região em que consistem as comissões de trabalhadores, bem como aperfeiçoar as iniciativas de apoio ao empreendedorismo local, quer através da comissão coordenadora quer através do trabalho desenvolvido pelos eleitos nas autarquias.

Devem ainda ser criados grupos de trabalho nas diferentes áreas (Educação, Saúde e Justiça, entre outros), para que se possa tornar mais eficiente a nossa intervenção politica junto das populações.

João Lima – Aderente 7587

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Ideias para um BLOCO resoluto

O Bloco de Esquerda foi a formidável energia adicionada à democracia portuguesa construída com o 25 de Abril, revigorando-a e buscando o seu aprofundamento. A esperança da concretização desses fins atingiu o zénite quando o partido obteve excelentes resultados nas eleições legislativas de 2009, com o favor de 10% do eleitorado. Depois, em 2011, veio a reviravolta, com a perda de metade desse eleitorado. As causas próprias e exteriores foram levantadas e escalpelizadas: Alegre, Moção de Censura, Aproximação ao Partido Comunista, Recusa em parlamentar com a Troika… voto útil na segurança representada pela direita, medo do desconhecido… Tudo isto!
Uma descida desta magnitude impõe uma crise interna, uma perplexidade que tem dificuldade em absorver os resultados eleitorais. Pois bem, a crise abre sempre duas portas: a do risco e a da hipótese. Risco de regressão, em que se aceita que o Bloco voltou à sua dimensão histórica, reunindo os puros e os verdadeiros simpatizantes, livrando-se, por um lado, do escolho do voto de circunstância e, por outro, dos militantes e simpatizantes mais inconformados e volúveis… Num clube de chá os dias são límpidos e claros e nada pode angustiar o coração dos homens.
A segunda porta, a da hipótese, é a via da progressão, da superação do problema, a partir de um pensamento optimista e aberto. Quando atravessamos essa porta, a crise é um passado que foi processado e assimilado, o que nos permite avançar rumo a um futuro de relevância política. A política não é senão o conjunto dos assuntos que dizem respeito à polis, à cidade, ao espaço que todos os cidadãos habitam, por isso o nosso esforço deve ser abrangente e amplo, não para subjugar a sociedade a uma ideologia fechada, mas apresentando ideais emancipatórios, que tragam benefícios para a generalidade da população portuguesa. O nosso pensamento, enquanto bloquistas, aqui e agora deve unir-se em torno desde objectivo, mas, para isso, a máquina partidária, primeiramente, deve resolver-se por dentro.
Por dentro há que democratizar, de auscultar, de ter sensibilidade para ouvir todos individualmente ou os grupos organizados em núcleos, concelhias e distritais. Estes não representam apenas força de trabalho, são forças vivas e criativas que estão junto das populações e têm as suas próprias formulações políticas. Que sentido faz defender-se a regionalização (que não ouvi a população pedir, já agora) se nas eleições gerais os representantes dos distritos caem de pára-quedas a partir de Lisboa? Onde fica o exemplo de democracia participada? É da nossa casa que os exemplos devem partir. Que os deputados representem as suas regiões, que sejam transmissores das suas bases eleitorais e não das decisões da Coordenação Política. É preciso fazer o trabalho de rua, ir ao encontro dos
trabalhadores e dos empresários, dos estudantes e das minorias. Só escutando apresentaremos soluções úteis e pragmáticas.
Outros apontam ainda as correntes formais que existem dentro do Bloco, que começam a ser energias obstrutivas para a apresentação de novas soluções, porque têm a força de grupos organizados, com agendas estratégicas e tácticas próprias, e, como tal, monopolizam o espaço político que é de todos, dos muitos bloquistas que são simplesmente bloquistas, sem adendas nem letras miudinhas de ingredientes e posologia. Desafiemo-nos a nós próprios para essa abertura e, assim, evitar o enquistamento num pensamento parcial, que vive mais do conflito interno do que das respostas e alternativas para essa realidade verdadeira, sensível, pujante que há lá fora: a massa dos cidadãos que não são bloquistas, nem sequer simpatizantes, porém sonham e almejam e transpiram com as angústias do dia-a-dia. Não é para nós próprios que existimos, mas sim para esses, com ou sem gratidão que nos seja oferecida, porque o objectivo de um partido político é servir os cidadãos, em nome do bem comum e do serviço público.
Resumindo: mais autonomia nas estruturas de base e menos centralismo político; mais unidade na diversidade e menos rivalidade entre as propostas e ideias de todos, organizados ou não em grupos.
A segunda porta, a das oportunidades, não exige apenas que nos reformulemos por dentro, implica um grande esforço de síntese para o público, com bases em ideias modernas que a esquerda bloquista trouxe para dentro do discurso político português. A sedução de um discurso a preto e branco deve dar lugar a palavras actuais, que ataquem frontalmente os males da nossa sociedade, promovendo a melhoria do nível de vida de todos. De forma muito completa, estas ideias já estão plasmadas no livro “O que quer o Bloco? – 51 ideias para um novo Portugal”. Um documento essencial para a prática bloquista.
Contudo, antes do esforço de pensar soluções globais, olhemos o Algarve. O que é necessário para reforçar o papel do Bloco na região? Reforçar acções e inovar outras:
– Lutar por uma Via do Infante livre de portagens;
– Insistir na remodelação da Ferrovia;
– Vigiar a remodelação da EN125;
– Defender a pesca tradicional;
– Apostar na agricultura, plantas aromáticas e floricultura;
– Proteger de zonas ecológicas e paisagens naturais de valor;
– Conservar o património histórico e cultural algarvio, material e imaterial;
– Conter a construção de raiz, assente na especulação;
– Repovoar as zonas históricas e antigas das cidades e de povoações do interior;
– Proteger os pequenos e médios empresários dos três sectores esconómicos;
– Defender um turismo sustentável: social, cultural e ecologicamente responsável…
Feitas algumas contas para o Algarve, é necessário dar o passo seguinte: um esforço de apresentar um conjunto de caminhos de força que dão respostas globais a problemas que enfermam o quotidiano dos portugueses, que não passa só pela crise económica (ela própria uma consequência de inúmeros factores de desregulação monetária, social e ambiental). Sintetizo sete ideias que representam as correntes de uma globalização feita para o Homem e pensada para o Homem, a alternativa à globalização da ganância, do lucro e da moeda. Para um partido de esquerda moderno proponho:
1) um activismo ecológico que impeça o aumento das degradações da biosfera, aplicado numa escala nacional ou local e mínima;
2) a resistência à invasão generalizada da quantidade e do número, em detrimento da qualidade dos bens e serviços;
3) a recusa do primado do consumo estandardizado, que recusa as qualidades locais dos produtos e a diversidade que eles representam;
4) a salvaguarda das identidades locais e especificidades das minorias, como reacção à homogeneização planetária e à força dos centralismos;
5) a promoção das relações humanas e solidárias, diminuindo o primado do lucro e aumentando a responsabilidade social e colectiva;
6) a negação da violência como forma de reacção às crises e a alimentação de uma ética de pacificação crítica e assertiva, onde a criatividade, originalidade e persistência devem ser activadas em prol da mudança;
7) a recusa de um visão meramente utilitária da pessoa humana e a orientação da vida também para os direitos, para a liberdade, para a poesia, mas também para o amor, também para o encantamento, também para a paixão, também para a festa…
A aparente inocência e ingenuidade de algumas destas linhas não apaga o seu valor nem a dificuldade de implementá-las. É a consciência de um papel político de relevo que nos deve empurrar para elas, abrindo o corpo à luta e não enrolando-o sobre si mesmo para contar os danos de uma perda eleitoral. A luta implica riscos, mas o risco maior está na inércia das ideias e na cristalização das acções, porque essas apenas conduzem à irrelevância. No dia de hoje, eis o que falta: compreender a materialidade da vida lá fora e agarrá-la com as duas mãos.

David Roque – Julho 2011

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Companheiros e camaradas

Proponho que haja dois pontos para debate:
1- Se tinha boas propostas porque razão o BE não teve apoio da população traduzido em votos ?
2- Que propostas de combate à desigualdade vamos apresentar, que permitam mobilizar os desfavorecidos para a luta ?

Como metodologia proponho:
– intervenções com o máximo de 3 minutos rigorosos para todos os intervenientes, de base ou dirigentes.
– o tempo limite de 1 hora para cada um dos pontos da ordem de trabalhos

Quem quiser falar prepare-se para cumprir estes tempos. Organizemo-nos.
Debate sim, comícios não,

Acho que podemos fazer um esforço por não repetir frases feitas e contagem de inimigos.
Investir mais do nosso pensamento na procura de saídas é a sugestão que faço.
Procuremos encontrar ideias para dar passos em frente, a sós, em conjunto, debatendo com quem está próximo de nós.

Álvaro Delgado (via bloco.aberto@gmail.com)

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OMISSÃO TOTAL!

Caríssimos Camaradas Bloquistas,

Pensei, pensei, pensei, e decidi…vou falar o que penso e o que sinto!

O meu nome é João Santos, vivo em Albufeira, não sou militante do Bloco de Esquerda (nem nunca hei-de ser militante de qualquer partido político), mas partilho de alma e coração grande parte das ideias e do pensamento político do Bloco de Esquerda.
Ah, e fui cabeça de lista (pelo BE claro) nas últimas eleições autárquicas à Junta de Freguesia de Albufeira!
Agora há algo que tenho que “gritar”, porque custa-me ver o Bloco definhar-se desta maneira e não fazer nada para alterar a queda.
Existem presentemente, incutidos na “Mente” da sociedade portuguesa, dois “Chavões” sobre o Bloco de Esquerda:
1º- Fazem parte da “Esquerda Radical”;
2º- Não se preocupam com a “Segurança” do Portugueses, com as “Vítimas”, mas apenas com os “Agressores”;
Até hoje, ainda não vi alguém do Bloco, vir a terreiro, explicar aos portugueses, que defender o fim do sigilo bancário não é ser Radical, que defender o fim (ou seu controlo) das Offshores não é ser Radical, que querer que os ricos contribuam mais que os pobres não é ser Radical, enfim, que ser JUSTO não é ser RADICAL.
Já com o problema da insegurança crescente (que talvez não seja assim tanto, mas que é o que transparece), mas que preocupa tanto o velho como o novo, tanto o preto como o branco, tanto o esquerdista como o direitista, enfim, tanto gregos como troianos, NADA é dito, deixamos que o Paulinho das Feiras seja o bom samaritano, e nós os maus que se preocupam apenas com o bem estar dos criminosos nas prisões!
Assim, como “quem cala consente”, vamos consentindo e vamos perdendo o peso do POVO em termos de simpatia, e pois claro, em termos de votos!
OU SERÁ QUE O BLOCO DE ESQUERDA QUER SER SÓ DOS INTELECTUAIS E NÃO DO POVÃO (como se diz no Brasil, e que tem dado as vitórias ao PT brasileiro).

E assim, chego a outro ponto – Eleições Autárquicas!
Foi com grande dedicação e grande orgulho que me envolvi nessas eleições, com a bandeira do BE no coração, trabalhei muito, dei muito de mim, conseguimos um resultado fraco, mas dadas as circunstâncias (1ª candidatura de sempre do BE em Albufeira), o concelho que era/é (PSD total), a as ajudas que tivemos do “partido” (que foram “quase” ZERO), termos elegido um elemento para a assembleia municipal, até pode considerar-se um resultado razoável, para mim, pessoalmente, foi um FEITO!
Poder-se-ia pensar que, uma vez a semente lançada à terra, e após ter começado a brotar, daqui para a frente apenas bastaria regar e cuidar a planta para ela crescer, crescer, crescer…no entanto, em Albufeira, a plantinha murchou de repente e morreu!
Porquê?
Vocês deveriam perguntar porquê?
Vocês deveriam preocupar-se porquê?
Mas ninguém quis saber – OMISSÃO TOTAL! Continuar a ler

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Como tal foi possível?*

Vários camaradas já enalteceram a boa campanha efectuada pelo BE, nas últimas legislativas. Não os querendo contrariar em absoluto, neste fórum, interessa ter presente para o futuro:

– Como tal foi possível? Uma boa campanha obteve um mau resultado eleitoral.
Deduzo que as nossas mensagens não atingiram o nosso (provável e possível) eleitorado.
Abordo aqui um dos aspectos menos focado que tem a ver com essas mensagens e meios utilizados, nesta campanha, nomeadamente:
– discurso televisivo;
– “Outdors” e Mupi’s;
– material em suporte de papel; Continuar a ler

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Uma eleição original.

Uma das coisas que me impressionou nestas eleições foi o modo como apareceu no comentário político de alguns comentadores encartados uma ideia peregrina: Afinal, não há vencedores, mas apenas derrotados. Até parece! É estranho quando acaba de haver um vitorioso. Vi muita referência a Sócrates. O grande derrotado, afinal era a notícia. Logo na noite das eleições, o repórter aborda o cidadão que exulta de alegria e pergunta: “Festeja a vitória de Passos Coelho?” ao que ele responde: “Não. Festejo termos corrido com o Sócrates!” É estranho. Invulgar e motivo de reflexão. Que se passa? Entramos numa fase psicótica de “oh mundo cruel! Tudo é mau nesta vida de sofrimento até que a morte nos liberte”. Tá tudo maluco, ou passa-se alguma coisa real e racional. Continuar a ler

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Análise aos resultados das Legislativas 2011

Nestas eleições verificou-se uma viragem claramente à direita do eleitorado, com uma vitória do PSD/CDS, a derrota do PS e de Sócrates, mantendo a CDU, na essência, a sua base de apoio. Embora conquistando mais 1 deputado (Algarve) com mais 0,06%, a CDU perdeu 6 309 votos, passando de 446 172 (7,88%) para 440 863 votos (7,94%) a nível nacional. Continuar a ler

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Os resultados eleitorais e a questão da liderança

Os resultados eleitorais do Bloco levam a que alguns questionem a liderança. Tenho sérias duvidas que a resolução dos problemas de credibilidade do Bloco se resumam à questão da liderança.
É um facto que o Francisco perdeu credibilidade. A errância nas posições do Bloco, recaíram essencialmente na sua pessoa, enquanto rosto e voz desse conjunto de contradições.
Mas como anteriormente referi numa destas reflexões, chegamos aqui por erros de uns e omissões dos outros.
Mesmo os que sempre se afirmaram como tendência de oposição interna, são tanto ou mais responsáveis pelos resultados de 5 de Junho.
Pressionando uma íntima aproximação ao PCP que se veio concretizar no discurso e na convergência de posições nos últimos três meses, esvaziando o espaço de intervenção politica do Bloco – afinal para que servimos se somos o mesmo que o PCP! Continuar a ler

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